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She Don't like the lights - Capítulo 14




Me despedi de Justin com um beijo e entrei de fininho no quarto para não acordar ninguém.Stela ainda dormia e minha mãe ainda não havia chegado.Onde será que ela tinha se metido?
Tentei ficar acordada para esperá-la,mas o sono foi mais forte do que eu e acabei dormindo.
[...]
-(sa) acorda-Stela disse sussurrando no meu ouvido.
-Que horas são?-disse esfregando as mãos nos olhos.
-13:30
-Minha tá dormindo?
-Tá sim.O quê aconteceu com vocês pra tarem dormindo até essa hora?E por quê você tá suja de terra?
-Depois eu te conto
Fui ao banheiro tomei uma banho para tirar o cheiro ruim do corpo e coloquei um vestido preto.
Quando saí,minha mãe já estava acordada,e fui logo tirando satisfaçoes:
-Posso saber onde a senhora estava pra ter dormido fora?-disse com ar de autoridade
-Como você sabe que eu dormi fora?
Eu não queria contar pra ela q eu havia saído com o Justin de madrugada,então inventei qualquer coisa:
-É...que...eu levantei de madrugada pra ir no banheiro e vi q sua cama tava arrumada.
Ela enrolou o máximo que podia,quando viu que não dava pra esconder ela disse:
-Ontem eu fui dar um passeio e acabei conhecendo um brasileiro...Scoot.Conversa vai conversa vem acabei indo pra casa dele e....o resto é história.
-Ah...então foi isso dona(nome sua mãe)...e por quê não ligou?
-Eu não lembrei....e também não te devo satisfaçoes.
Definitivamente eu e minha mãe haviamos trocados os papéis...eu virei a mãe e ela a filha.
-Como não?Você é minha mãe....ah esqueçe,vou almoçar com a Stela.
Dei um beijo em sua testa e saí.
[...]
Sentamos em uma mesa com vista para a Torre Eiffel
-(sa) o quê você tinha pra me contar?
-Hoje de madrugada,o Justin me levou á um parque maravilhoso e acabamos dormindo lá....chegamos no hotel 06:00  da manhã.
-Então é por isso que você tava fedendo?
-É...foi por isso-risos.
-Como a vida é cruel....sua mãe arranjou um brasileiro aqui em Paris,você namora um cara maravilhoso que te leva á lugares maravilhosos...e eu? to SOZINHA
Nós rimos juntas
-Não fala assim...seus dias de solidão acabaram....tenho a pessoa certa pra te apresentar.

She Don't like the lights - Capítulo 13



Justin tirou o lenço dos meus olhos,mas continuei com eles fechados.
-Pode abrir-Justin disse segurando uma de minhas mãos.

(finja q está noite nesse parque)

Aquele lugar era maravilhoso!Quando vi o canteiro de flores,parecia que eu tinha voltado a ser criança.A primeira coisa que fiz foi correr atrás de Justin.Ele corria atrás de mim,rolavámos na grama...parecia que todos meus problemas desapareceram!
Já cansados deitamos na grama abraçados:
-Justin,essa foi a melhor madrugada da minha vida-disse deitando sobre o peito de Justin.
-Eu sabia que você ia gostar.Sempre que venho á Paris eu venho aqui.É um ótimo lugar pra pensar,e como eu sabia que você tinha ficado abalada com o que ocorreu com o Mark,eu achei que você ia gostar daqui.
Me levantei do colo de Justin e abrasei minhas pernas...havia me esquecido de Mark por um momento.
Justin percebeu minha tristeza repentina,se levantou e me abraçou.meus olhos se incharam e uma lágrima desceu do meu olho:
-(sa) desculpa se eu te magoei meu amor!A última coisa que eu queria nesse momento era te entristecer
- Não foi nada Justin...eu só fico um pouco abalada quando falam nele...é como se eu me sentisse culpada por tudo que aconteceu.
Justin levantou meu rosto e enxugou minhas lágrimas:
- Não fale uma coisa dessas nem brincando...você não tem culpa de nada.
É...você tem razão..posso te pedir uma coisa?
-Claro que pode meu amor!
-Me abraça?
Justin deu um sorriso torto e me abraçou...era a única coisa que eu queria naquele momento...
-Justin me fala alguma coisa em francês.
Ele pensou um pouco e disse
-Q tu es un ange tombé du ciel pour faire ma vie plus heureuse
-O quê quer dizer?
-Você é um anjo que caiu do céu pra fazer da minha vida mais feliz!
[...]
Acordei com um pouco com dores nas costas. Haviamos dormido no parque.Olhei o relógio.05:30,dava tempo de chegar no hotel sem ninguém perceber:
-Justin,Justin acorda-eu o sacudia tão forte que me impressionei dele não ter acordado.O jeito foi apelar pro grito:
JUSTIN DREW BIEBER ACORDA AGORA.
-Só mais cinco minutinhos mãe..-ele disse virando pro outro lado.
-CINCO MINUTINHOS O CARALHO,EU NÃO SOU SUA MÃE,SOU SUA NAMORADA,DORMIMOS NO PARQUE E PRECISAMOS VOLTAR...ENTÃO ACORDA.
Justin se levantou esfregando a mão no rosto:
-Que horas são nervosinha?
-05:30,e se você parar com essa lerdeza dá tempo de chegarmos sem ninguém perceber.
-Tá...nós vamos se você me der um beijo de bom dia.
O que o Justin não me pedia chorando que eu fazia sorrindo,e também aqueles lábios eram inegáveis.


She Don't like the lights - Capítulo 12



Justin e eu fomos de mãos dadas até o elevador,eu estava meio sonolenta um pouco por isso fiquei cambaleando.Justin me abraçou por trás e ficamos assim até o elevador chegar.
O elevador parou no nosso andar,entramos e parece que virou rotina,Justin me colocou contra a parede outra vez:
-Eu já disse que te amo?-ele disse enquanto acariciava meu rosto
-Já sim!Várias vezes...mas eu não me canso de ouvir nunca!!
Justin sorriu torto e selou meus lábios.
Chegamos ao subsolo e fomos até seu carro e íamos nós ao lugar misterioso.
03:00 da manhã.Paris estava vazia.Lojas fechadas,parques silenciosos,não se ouvia um só barulho nas esquinas da cidade luz.Pra descontrariar,Justin ligou o rádio,estava tocando Baby:
-Você faz sucesso aqui em Paris em....assim vou ficar com ciúmes das Beliebers parisienses
Ela riu e colocou sua mão em minha coxa
-Não precisa ter ciúmes...as Beliebers eu amo,já você....eu sou apaixonado!
[...]
Justin estacionou o carro em uma esquina perto da rua Saint Jacques
-A partir daqui seguimos a pé.-Justin disse abrindo a porta do carro pra mim
A rua estava completamente vazia
-Justin,não é meio perigos só nós dois aqui sozinhos de madrugada?
Ele pegou seu iphone e mandou um sms.Em questão de minutos avistei dois carros pretos no fim da rua.Um dos carros parou na nossa frente.Kenny e um outro homem estava dentro dele:
-Está precisando de alguma coisa Justin?-disse Kenny
-Avise o Jeff e o Robert pra tomarem conta do meu carro.Você e Steve fiquem de olho na gente,mas nos deixe a vontade.
-Como quiser Justin.
Fomos andando de mãos dadas cantando Call me Maybe,rindo,fazendo palhaçadas..queríamos aproveitar cada momento
-Então Jus,aonde você vai me levar?
-Você vai ver já já...-ele pegou um lenço que estava em seu bolso e vendou meus olhos.
Justin me guiou por uns 5 minutos,até que ele soltou minha mão e eu parei.
-Preparada meu amor?
-Sim Jus,anda logo!
-3,2,1...

She Don't like the lights - Capítulo 11



De volta para o hotel já lucídas,Stela e eu nos despedimos de Justin,para descansarmos e subimos para o quarto.
Deitei na cama,pequei meu ipod e comecei a ouvir a gravação de Cammon Denominator que Justin tinha feito.Lágrimas desciam pelo meu rosto,tinha que encarar os fatos:Mark estava morto.
Stela foi tentar me consolar:
-(seu apelido)não fica triste..odeio te ver assim.Mais cedo ou mais tarde vão pegar o assassino.
Não conseguia dizer nada,apenas pensava em Mark...apesar do incidente que tinha ocorrido entre nós,ele era uma boa pessoa.
Stela acariciava meus cabelos e enxugava minhas lágrimas:
-Conta comigo sempre!
Nós nos abraçamos,definitivamente ela era um anjo na minha vida
[...]
No meio da noite,Justin me acorda com um cutucão:
-(seu apelido) acorda meu amor-ele disse enquanto me descobria
-O quê foi Jus?Aconteceu alguma coisa?-balbuciei meio sonolenta
Justin segurou uma de minhas mãos para eu levantar.
-Vou te levar á um lugar.
-Espero que seja um lugar que eu goste muito pra você me levar á essa hora de noite.
-Tenho certeza que você vai amar-ele disse selando meus lábios.
Fui ao banheiro,lavei o rosto para desinchar um pouco,escovei os dentes e fiz um coque no alto da cabeça.Fui até o guarda-roupa,vesti um moleton por cima da camisola,coloquei um short  e vesti meus chinelos.
- Você tá linda meu amor!-Justin disse sentando na poltrona.
-Cala o boca Justin-disse irônica
Ele riu e me puxou para seu colo.
-É por isso que eu te amo!
Nós dois rimos e nos beijamos.Justin pediu passagem de lingua e eu permiti.O beijo foi ficando cada vez mais intenso.
-(seu apelido)acho melhor ir parando porque senão eu não respondo pelos meus atos e nem pelos atos do Jerry.
 Olhei pra ele com malícia:
-Então vamos logo pra esse tal lugar antes que amanheça-disse levantando do colo de Justin
Disse uma última olhada no quarto antes de sair,Stela estava totalmente embalada pelo seu sono,desviei o olhar para cama de minha mãe que estava arrumada...ela havia dormido fora.

She Don't like the lights - Capítulo 10




E a festa não parou. Não até nos certificássemos de que o sol raiava e de que alguns lugares já serviam pão e café o suficiente para conseguirmos chegar em casa acordados. Saímos do estádio e partimos direto para uma boate, que de por meio de alguns contatos conseguimos conseguir entradas, mesmo que fosse para maiores de 18 anos. Dançamos e bebemos muito, sem pensar duas vezes. Tropeços, amassos, garrafas viradas. Tivemos uma noite de Ke$ha, pulando a parte da falta de higiene, tipo escovar os dentes com uísque.
Graças a Deus, apenas algumas fãs nos abordaram, deixando-nos bem a vontade para curtir a noite. Foi bem engraçado o momento em que Justin dispensou as fãs que flertavam com ele descaradamente, falando que estava acompanhado de sua namorada.
Conseguimos manter Justin sóbrio para que não pagasse mico em público, o que seria um desastre para uma celebridade. Mas eu e Stela não medimos o tanto de bebidas e drinks bebiamos. Escolhiamos cada hora um drink diferente, atraídas pelas cores, sem nem ao menos olhar para o conteúdo da bebida. Era ótimo simplesmente se libertar de tudo. Num momento muito rápido de consciência, rezei silenciosamente, implorando a Deus que permitisse que eu não vomitasse em Justin, ou pagasse algum mico do gênero.

Minhas preces foram ouvidas e às sete e meia da manhã, quando cambaleamos para fora da casa de festas, ainda não tinha colocado para fora as bebidas que consumira. Depois de tropeçar pela avenida, com o salto na mão, entramos em uma lanchonete. Pedimos café e pão e nos sentamos, esperando o pedido ficar pronto. Conversamos sobre muitas idiotices, Justin, ainda são, tentava controlar as besteiras que jorrávamos estupidamente.
A eficiente garçonete deixou sobre a mesa os pães, cafés (capuccino para a Stela) e um jornal. Deixou a sala na mesma rapidez em que apareceu, dizendo que estava ali para o caso de precisarem de alguma coisa

 Será que o seu show ta no jornal, amorzinho? Será que eu to no jornal? Eu queria que o jornal fosse que nem o Profeta Diário do Harry Potter, que as pessoas mexem e fica mais “vivo”, sabe? Já pensou se Hogwarts existisse? Ia ser a melhor escola do mundo e o Harry ia se muito gatinho - eu falava, tropeçando nas minha próprias palavras, obviamente bêbada - Oops - Finalizei tampando a boca ao ver que Justin me olhou feio. Como segurava o riso, comecei a imaginar o quão estúpida eu estava parecendo.
Abri o jornal e minha embriaguez se foi em um piscar do olhos. A manchete principal e uma enorme foto giravam para mim mas eu sabia exatamente o que estava lá:
“Adolescente morre baleado ao sair de um show do popstar Justin Bieber”
Não era o Profeta Diário, mas a foto de Mark se movia aos meus olhos.

She Don't like the lights - Capítulo 9




Assim que cheguei à plateia, várias meninas jorraram perguntas à mim. Em geral duas perguntas:
- Ele beija bem?
- Você estão namorando, ficando ou o que?
Assim que me sentei, respondi às perguntas de bom grado, e o pequeno tumulto foi se dispersando. Não me senti culpada em assumir o meu namoro com Justin, aliás, o próprio já havia começado a espalhar a notícia sem medo. Assim que a última garota - a mais chata e insistente de todas - voltou para o seu lugar - que infelizmente era próximo o bastante para ela fazer uma nova pergunta a cada 5 minutos - quem me abordou foi um homem, que estava bem ao meu lado.

 Uau, você e o Bieber, hein?
- É… Impressionante.
E se calou. Nem me dei o trabalho de olhar ao seu rosto, já que meu lugar era na primeira fileira de todas, e havia outro rosto mil vezes mais bonito  cantando para mim naquele momento. Quando Bieber foi para a outra extremidade do palco, o garoto voltou a puxar assunto.
- Incrível o jeito que ele olha pra você. Mas se eu fosse você, ficaria de olho. Esse negócio de namorar fã pode ser tática de marketing. - Falava ele, berrando aos meus ouvidos para que sua voz se sobressaísse à de Justin.
- Olha, se você veio falar comigo pra ficar colocando coisas na minha cabeça…
- Eu só estou avisando porque… - interrompeu.
- Não preciso ser avisa…
E ele me beijou. Tentei me soltar mas ele me agarrou com força. Chutei sua canela, e aproveitei do seu momento de surpresa e dei-lhe um merecido tapa. Me soltei dele e o encarei com descrença.
- Quem você pensa que é? Não me conhece há nem um minuto, resolve que deve me “avisar” sobre minha vida pessoal e ainda me agarra?!
- Eu só queria…
- Eu não podia ligar menos para o que você queria!
- Mas…
- Cala boca.
- Não fique com raiva. Eu peço desculpas, ta?

Nem me dei ao trabalho de responder. Me virei com raiva, para o palco e me apoiei nas grades. Eu queria poder dizer que eu me esqueci naquele exato momento o que tinha acontecido, mas Justin encarou por um segundo o desconhecido com ódio. E tornou a fazer isso um tempo depois. E depois. E depois.
É claro que aquilo não atrapalhou minha diversão no melhor dia da minha vida. A última música, foi o maior single de Justin.
- Que música vocês querem ouvir? - Perguntava ele.
- Baby! - Respondiam todas em coro.
- Que música vocês querem ouvir - ele repetia.
- Baby!
- Que música vocês querem ouvir?
- Baby!
- É, eles querem ouvir Somebody to Love, - falou e começou a cantar sem nenhum instrumental o refrão de Eenie Meenie.
Mas logo depois a introdução de Baby ressoou pelo estádio arrancando arrepios de todas. A música foi a que mais empolgou a plateia, fazendo muitas chegarem a chorar.
“I’m gone”. E as luzes se apagaram. O estádio começou a esvaziar em várias direções, muito rapidamente.

 Hey, me desculpa. - pediu novamente o cara. Meu humor estava tão inabalávelmente bom que o perdoei na hora e quase não percebi o estádio esvaziar. Era incrível. Em tão pouco tempo - uma meia hora, no máximo - eu havia contado tudo o que eu sentia para ele. Todos os meus segredos foram contados para aquele desconhecido - também atende por Mark - formando um forte vínculo de amizade um 30 minutos.
Ele, não tentou me agarrar novamente. Ele me tratou como uma velha amiga, e não ousou nem a tocar minha mão. Quando o estádio já estava vazio o suficiente para que eu pudesse voltzar ao camarim de Justin, me despedi com um forte abraço. Trocamos os endereços de e-mail, facebook, twitter, e fui correndo para o camarim.
Nem deu tempo de bater à porta, ele a escancarou quando me ouviu chegar.
- ACHO BOM AQUELE CARA ESTAR COM O OLHO ROXO! - ralhou.
- E está. - falei, entrando da pequena salinha. - E eu sinto muito por ter feito aquilo. Ele é um bom amigo. Ele só queria me calar.
- TE CALAR? BOM AMIGO?
- Mas relaxa. Ele é apenas um amigo. Um bom amigo que não quer nada comigo.
- MAS…
E eu o beijei. Esse beijo de cala-boca era muito conveniente de vez em quando. Ele retribuiu com um beijo raivoso, que, admito, é muito, muito bom.


She Don't like the lights - Capítulo 8


Impossível descrever a sensação de estar em um show. A emoção de ver ele cantando no palco, a batida, as luzes. Depois de um bom tempo sem me sentir como sendo apenas mais uma fã, a sensação era melhor que nunca. Não me leve a mal, eu amo ser mais que uma fã para ele. Mas eu também amo ser fã.
Só estar lá já faria aquele o melhor dia da minha vida. Mas nada se comparou com o que aconteceu comigo mais tarde.
Um homem enorme veio em minha direção e eu o reconheci como sendo da equipe, pois havia visto ele antes, no backstage. Ele se aproximou e perguntou a frase que eu em toda a minha vida quis ouvir.
- Você quer ser a One Less Lonely Girl do Justin essa noite?
Meu coração bateu mais forte. Ele prometeu à mim que meus sonhos se realizassem hoje, e estava cumprindo a finco com sua palavra.
Graças ao nervosismo, o meu “sim” saiu mais esganiçado do que deveria.
Ele me guiou, até as cortinas atrás do palco e me explicou tudo o que iria acontecer. Mas eu já sabia. Eu havia pesquisado sobre isso em todos os cantos, várias vezes. Os dançarinos entraram e buscaram o banquinho de madeira, e em seguida as flores. Agora era a minha vez de ser levada ao palco. Dois caras vestidos de branco e com um boné roxo, me levaram para o palco. Graças aos milhares de vídeos que já assistira, sabia que se olhasse para cima veria Justin acima de mim, em frente ao telão. Sentei no banquinho com o coração na boca e olhei para o lado sabendo que àquela altura Justin já estaria descendo às escadas montadas no palco que o levavam para perto do telão. Ele sustentou meu olhar e veio em minha direção, pegando das mães de um dançarino o buquê de rosas. Me entregou e continuou a cantar.
Segurou a minha nuca e aproximou nossos rostos, mas, como sempre fazia com as outras me afastou e voltou a dançar. Mas quando a música acabou, as luzes não se apagaram. Ele, de repente, me agarrou num beijo de tirar o fôlego. Enfim as luzes se apagaram. Não que ele tenha me soltado quando tudo ficou escuro. Nem eu nem ele nos soltamos até que alguns dançarinos tiveram que vir nos afastar, para que o show prosseguisse.
Fui arrastada para fora do palco, já que não pude sair por conta própria e fui levada para o meu lugar. Minha cabeça estava na Lua. Só quando desci e me vi em frente ao palco novamente, que me toquei que o show continuava. 

She Don't like the lights - Capítulo 7



O restante da manhã foi maravilhoso. Pedimos comida e como não tínhamos a opção “para viagem”, pedimos vasilias e despejamos tudo dentro e levamos pra casa do mesmo jeito, rindo de nossa improvisação. Passamos por uma mercadinho e compramos frutas e bebidas – convencemos uma maior de idade a comprar para nós – e voltamos para o hotel. Escondendo bem as bebidas, com medo de tropeçarmos com nossas mães no caminho, subimos para o último andar e pedimos garfos e facas do hotel por telefone. Comemos, bebemos, assistimos TV,  e quando vimos que já eram quase dez horas, decidi que era melhor eu voltar para o apartamento para acalmar minha mãe.
Voltei ao sétimo andar, sem Justin e quando cheguei na suíte percebi que minha mãe ainda não havia acordado. Mas Stela estava acordada com lágrimas nos olhos, lendo um livro. De cabeça para baixo.
- Não finja que esta lendo só para me evitar.
Ela olhou para o meu rosto e viu que estava perdoada. Voou ao meu encontro e me abraçou, tagarelando mil coisas como “eu nunca quis machucar ele” e “ele é todo seu. Eu não quero ele. Prefiro sua amizade”.
- Porque me perdoou? – Perguntou com a voz triste.
- Porque amigas brigam o tempo todo. Não é por isso que nossa amizade iria acabar. Não por causa de um garoto.
- Olha, você foi mais rápida do que eu pensei que seria. Eu comprei uma coisa pra voocê. Um presente de desculpas. Quer ele?
- Óbvio!
- Bem, eu havia planejado de irmos para uma boate depois do show. Até coloquei nossos nomes na lista e paguei tudo hoje. Com algumas ligações consegui permissão para entrar nessa boate, que é só para maiores de 18 anos. Então comprei um vestido para você ir.
Falou a caminho do armário que dividíamos. Tirou de lá um mini vestido lindo. Roxo, de tecido fino e delicado, marcando os pontos fortes do meu corpo. Ela havia escolhido um que me caísse melhor.
- Você é a pessoa que melhor sabe escolher presentes na face da terra!
- Justin vai ficar babando! Você vai ver.
- Acho que vou precisar te contar váaaarias coisas.
E o resto da tarde foi assim. O Justin isso, o Justin aquilo, bla, bla, bla. Junte duas melhores amigas e algum fato inacreditável e isso renderá uma tarde cheia de fofocas.
Mas o melhor do dia mesmo veio à noite. Hora da minha festa de 15 anos!
Era incrível como no meio daquilo tudo até eu havia me esquecido do meu aniversário. Mas tanto faz. Essa é a última hora em que eu queria me lembrar em que era o dia em que eu tinha nascido. Em algumas horas eu estaria no show de Bieber. AAAAAAAAAAH.
Às 3 horas da tarde já estávamos prontas. Vestidas de roxo da cabeça aos pés descemos para o lobby, com minha mãe de guarda-costas.
- Hey, hey! Onde vocês pensam que vão? – chamou alguém por trás. – Vocês até parecem que vão junto com as outras fãs para o meu show.
Justin vinha andando, com toda a sua equipe carregando fios e equipamentos para fora do hotel.
- Já para o ônibus.
- Ônibus?
- Sim. Vocês vão com os VIP’s para o show. Vão conhecer o backstage e tudo. Nunca que eu iria deixar minha namorada e sua amiga sem conhecer o backstage. Subam no ônibus. Já estamos saindo.
Em trinta minutos já estávamos hiperventilando, quicando nos bancos do ônibus ansiosas para conhecer tudo.
Uma completa baderna nos esperava na entrada do estádio. Dezenas de fãs insandecidas, berravam e esticavam pôsteres para Justin, que por falta de tempo não pôde assinar. Apesar de estar muito cedo, a checagem de som começaria em meia hora e Bieber ainda estava vestido displiscentemente. Precisava trocar de roupa e aquecer a voz, entre outras coisas de artista.
JB nos levou para seu camarim, montado atrás do palco e abriu a porta para nós. Não era nada muito elaborado, mas era bonito. Sabe aquela coleção enoooorme de supras coloridos do Justin? Bom, pelo menos parte dela estava lá.
- Uau. Você leva essa coleção para todo o lugar que vai? – perguntei, encantada.
- Não, só parte dela. A outra fica em casa. – Respondeu, achando graça. – Hm, Stela, você pode por favor pedir a alguém da equipe para dar a vocês alguma coisa que garanta o acesso de vocês ao backstage? Depois do show quero vocês de volta ao meu camarim.
Stela assentiu e saiu do quarto.
No mesmo segundo em que a porta de fechou, Justin trancou a porta e foi em direção à uma arara de roupas,e pediu para que eu escolhesse o seu figurino. Escolhi uma blusa muito parecida com a que Justin usara no clipe de Baby e uma calça preta, bem simples. O tênis  que eu escolhi era um bem colorido. Nem deu tempo de minha mente registrar suas cores, quando Justin começou a se despir em frente a mim, me  mandando arrepios por todo o corpo.
- Isso tudo é pra me provocar?
- Ele começou a se aproximar, vestindo apenas uma cueca, quando eu joguei as roupas nele.
- Vista-se, ou esse show vai atrasar.
E iria atrasar mesmo. Se ele continuasse me tentando daquela maneira, eu não era responsável por meus atos.
Ele me abraçou por trás, dando-me um beijo no pescoço, se afastou e se vestiu.
- Olha, você vai poder assistir ao show no seu lugar, mas na checagem de som você pode se juntar ao Ryan.
E todas sabem que ele fica no palco. Ai meu Deus.
-Você é quem manda. – respondi, sorrindo de orelha a orelha.
Destrancou  a porta, dando de cara com Stela, que se encontrava pronta para bater na porta.
- Olha Justin, aqui está. Pattie pediu minha companhia para assistir ao show com ela e eu não pude recusar. Ela é uma fofa. Vou descendo lá, vejo vocês daqui a pouco.
Entregou à Justin uma corrente que portava um cartão, onde estava escrito “ACESSO AO CAMARIM”.
Stela correra ao encontro de Pattie. Justin pegou a minha mão e me guiou até as cortinas que davam para o palco. Entramos no palco e uma gritaria ensurdecedora se iniciou. Hora do show.
Corri para me posicionar o lado de Ryan, envergonhada com tantos olhos me encarando. O que eu quero dizer é, me encarando mesmo e sussurrando umas para as outras se perguntando quem era eu.
A gritaria não cessou até Justin pedir silêncio. Cumprimentou a todos e começou a conversar com a platéia. Coisas bobas do tipo “Que capa legal o seu iPod tem”, “O que você fez com o seu cabelo?” e “Foi você que pintou essa blusa?” foram o assunto da conversa, que rolou descontraídamente com algumas fãs da platéia que a cada mexidinha no cabelo pareciam fazê-las surtar. Não posso dizer nada, porque eu me derretia sentada em uma caixa de som, junto à Ryan Butler.
Chegou a hora das perguntas. A primeira de todas, obviamente, foi “Quem é aquela garota ali?”. Quando a garota fez a pergunta, Justin se aproximou de mim e perguntou:
- Essa aqui? – Me pegou pela mão e me levantou e me levou para o centro do palco, fazendo-me corar feito uma idiota – Ela é minha namorada.
E ai se um barraco sem fim. Algumas garotas gritavam palavrões, outras gritavam elogios. Gostei muito das que me elogiaram. Uma até pediu um autógrafo, mas fingi não ter ouvido. Já as que não gostaram de mim foram longe demais. Uma chegou a jogar uma banana em mim. Mas, graças à Deus, a maioria das pessoas haviam me aprovado. Quem saberia quantas bananas deixariam hematomas em mim se todas me odiassem.
- Beija! Beija! Beija! Beija! – gritava a platéia em coro.
Justin me olhou nos olhos e se aproximou. Uma gritaria tomou conta do estádio. O seu rosto estava a apenas centímetros do meu quando a música “Teach Me How to Dougie” abafou a gritaria das meninas. Justin se afastou de mim e começou a dançar fazendo muitas suspirarem de descontentamento. Logo em seguida, Bieber dançou “You’re a Jerk” e “Crank that”.
 Mas assim que se acabaram as coreografias, aquele mesmo coro recomeçou. Mas dessa vez mais alto. No fim, com uma gritaria enlouquecedora, Justin me beijou. Mais uma banana voou ao palco, mas dessa vez passando de raspão por cima da minha cabeça.
Mais algumas perguntas foram feitas, e essas foram ficando cada vez mais indiscretas.
- Vocês estão juntos há quanto tempo? – perguntou uma loira.
- Como foi o primeiro encontro de vocês? – perguntou uma com uma voz esganiçada
- Você perdeu sua virgindade com ela? – essa pergunta não foi respondida é claro, mas a garota que a perguntou era com certeza muito corajosa.
Até que uma garota pediu para que as perguntas fossem para mim. De início, achei a idéia meio louca, mas na primeira pergunta já entendi suas intenções.
- Ele beija bem? – perguntou a primeira, que era muito nova. Tinha cara de ter cerca de 8 anos. Seu pai a olhou torto.
- Sim, muito bem. Ele tem pegada. – Respondi.
- O que você fez em especial para conquistar ele? – perguntou outra.
- Nada. Tratei como um cara comum.
- Que shampoo você usa?
- É um roxo. Não sei o nome.
E assim decorreu a soundcheck. Foi muito divertido, as fãs eram muito engraçadas. Não foi nada muito além de perguntas, danças, e ele até cantou algumas músicas, mas me sentir especial foi tudo de bom. No fim Justin me lembrou de uma coisa.
- Então, galera, – falou ele ao microfone – hoje é um dia muito especial. Hoje é o aniversário da (seu nome).
Todos no estádio cantaram “Parabéns” em coro, me deixando superemocionada. Não segurei as lágrimas e desabei ali mesmo.
- Ok, lindas, hora de eu me arrumar para o show – as fãs novamente enlouqueceram –Até daqui a pouco. Bebam uma água e recuperem as energias. Logo, logo estarei de volta.
E me puxou pelo braço enquanto saíamos do palco.
- Justin, vou descer. Vê se não demora, hein? Estou ansiosa para o show mais do que todas aquelas meninas juntas. – falei.
Justin se despediu com um selinho e Kenny me guiou para a minha cadeira.









She Don't like the lights - Capítulo 6



Mesmo o elevador estando vazio, a tensão o fazia parecer lotado. Não olhei para sua cara. Por que eu sabia que se olhasse, meus punhos não estariam mais sobre meu controle.
- Ei, (seu nome) desculpa a minha reação ontem. Eu fiquei chateada. Eu não sabia que gostava tanto dele. Eu… eu não quero perder sua amizade. Você fez falta essa noite, sabia? Não consegui dormir. Eu queria tanto passar a noite imaginando como seria o show. As coisas impossíveis que íamos fazer para conseguir o Meet and greet. E, Justin – falou agora em inglês – desculpe o machucado. Se precisar eu mesma pago os pontos.
- Ele não precisa que você pague os pontos. E eu não preciso de você para fazer o meu aniversário de 15 anos perfeito. Você só fez tudo ficar horrível.
A porta do elevador, olhei ela no fundo dos olhos e sai. Justin me seguiu. E infelizmente Stela também.
- Olha, eu sei que o que eu fiz foi errado, ta? Me desculpa.
- Minha saída teatral não foi suficientemente clara? Então vou ser mais direta. Fique longe de mim,de Justin e de copos de vidro. Entendeu? Não gaste saliva. Só não te mando ir embora porque os tickets do show e as passagens não têm como devolver. E seria muito dinheiro jogado fora. Se quiser minha amizade de volta, não crie muitas esperanças. Suas chances estão abaixo de zero.
E sai. Quando tomei o caminho para o restaurante do hotel, Justin puxou minha mão e me guiou para fora
- Tem algum restaurante aberto a essa hora? – perguntei.
- Claro. Existem ótimos restaurantes que oferecem um cardápio matinal que só a França tem. Esqueça o pão com manteiga.
Fomos andando, abraçados, com o riso solto, satisfeitos só de estarmos juntos.
Quando passamos em frente ao bequinho em que nos conhecemos, Justin entrou nele e eu o segui.
Andamos um pouco mais e no meio do caminho, Justin me colocou contra a parede de novo. Ele adorava fazer isso. E eu adorava quando ele fazia isso.
- Agora você vai conhecer um pouco mais da magia do Bieber. O meu método único de fazer um pedido especial à uma garota. Pegue seu iPod.
Não sabia exatamente o que ele queria. Mas esse lance de pedido especial deixou minhas expectativas lá em cima. Será que… Será?
Tirei meu iPod do bolso traseiro do jeans e entreguei a ele. Selecionou a música e me entregou um fone. Uma versão acústica de Common Denominator começou. Uma que eu nunca ouvira na minha vida. Ouvi a música do início ao fim. Quando a música terminou, ouvi a voz suave de Justin dizer:
Você dorme como uma pedra. E fala. E ronca.” Justin riu docemente “Bricadeirinha. Você não ronca e nem fala. Mas seu sono é bem pesado. Pesado o suficiente para eu roubar o seu iPod e sair do quarto sem que você percebesse. Essa música aqui eu gravei pra você. E só para você. Para dizer que eu te amo. E o quanto eu quero que você seja minha. Só minha e de mais ninguém. Não deixe nenhuma atiradora de copos de vidro ficar entre nós. Quer namorar comigo?
Quando a gravação acabou, olhei Justin nos olhos. Ele tinha gravado uma música pra mim e implantado aquele recado lindo no final para pedir para ficarmos juntos.
- Quero muito.
E ele me beijou. Eu pressionei seu rosto contra o meu e emaranhei meus dedos em seu cabelo. Cedo demais, ele me soltou.
- Justin, acho que você se esqueceu de ler o manual. Você já me pediu em namoro e a gente nem teve um primeiro encontro.
Justin pegou minha mão e tomou rumo à avenida da qual saímos.
- Jus, o restaurante não é pelo outro lado?
- Não. Eu só entrei nesse bequinho por que foi aqui que nos conhecemos. O restaurante é aquele que fica ao lado do hotel.
Own.
- Isso faz parte da “Magia do Bieber”?
- Esse bequinho vai ficar marcado na sua memória pra sempre?
- Sim.
- Então faz.


She Don't like the lights - Capítulo 5


Acordei completamente deslumbrada com a noite anterior. O Jerry sabe fazer um bom trabalho se é que me entende. Virei para o lado e vi Justin dormindo como um anjo. Quando dormia, toda a sua pose de bad boy ia embora e o que lhe restava era a sua carinha linda e perfeita.
Me levantei lentamente para não acordá-lo e me vesti, de costas para a cama. Quando me virei, vi Justin acordado me encarando com aquele olhar nada inocente.
- Essa tática de fingir que esta dormindo para ver as garotas nuas é bem inteligente. Eu devia te castigar, mas tenho que ir para o apartamento falar com a minha mãe. Ela deve estar preocupada.
- Amor, são 6 da manhã. Ela deve estar dormindo.
- 6? Nossa, o fuso horário consegue bagunçar meus pensamentos. Se arrume e vamos descer para o café da manhã. Eu estou morta de fome. Não como há horas.
- Mas você nem me deu um beijinho de bom-dia. – Falou ele me olhando com carinha de carente. Ele não era um bom ator. Eu sabia que ele ia me agarrar se eu me aproximasse.
Sorri maleficamente e dei as costas. Ele correu atrás de mim e me agarrou por trás. Me soltei, rindo e fechei a porta e fiquei segurando com força, rindo. Ele tentou abrir e conseguiu, pois o riso conseguia fazer toda a minha força de esvair. Ele entrou e me agarrou com força e me beijou. O espertinho começou a me levar para a cama e fingi ter me rendido. Aproveitando o momento de distração, me soltei e corri para o banheiro e tranquei a porta, rindo.
Escovei os dentes com a escova dele – aliás, não havia nada nela que ainda não tivéssemos compartilhado - e lavei o rosto. Sai do banheiro, e, já vestido, Justin esperava o banheiro ser desocupado.
- Você vai ver, shawty, você vai ver.
E entrou no banheiro. Mais um sonho realizado. Justin havia me chamado de shawty. Como eu queria surtar agora.
Quando saiu do banheiro, com o cabelo mais arrumado e o rosto menos amassado,me pegou pela cintura e me pôs em seu ombro, como um saco de batatas,  eu me debatia para que ele me soltasse, mas ele me segurou com mais força ainda. Só me soltou quando entramos no elevador e ele apertou o andar térreo, onde ficava o restaurante do hotel.
Assim como havia feito no dia anterior, me agarrou contra a parede do elevador e me beijou, com bastante pegada, de um jeito que só Justin Bieber consegue fazer. O elevador parou no sétimo andar e Stela entrou no elevador. TUDO o que eu queria era tomar café da manhã com ela. Principalmente num lugar onde haviam tantos copos de vidro, além de facas, garfos e muitos outros objetos perfurantes. Minha intuição gritou para mim: Vai dar merda. Vai dar merda.

She Don't like the lights - Capítulo 4



Chamei o elevador, que não demorou a chegar. Se aquela… Filha de uma Kim Kadarshian, tiver deixado alguma cicatriz no rosto de Justin, eu vou fazer questão de espremer seu cérebro com uma marreta, enfiar numa lata de atum e jogar num rio! Chegamos a sua suite e não me dei ao trabalho de ficar reparando em como a suíte era linda. Eu precisava cuidar dele.
- Você tem alguma malinha de primeiros socorros? – Perguntei, soando mais preocupada do que o realmente necessário.
- Não, mas a minha mãe…
- Em que quarto ela está? – Interrompi.
- No quarto ao lado.
Passei voando pela porta e bati na porta de Pattie.
- Oi. Quem é você?
- Pattie, a senhora poderia me emprestar sua mala de primeiros socorros? Justin está sangrando. Atiraram um copo de vidro na cara dele.
- Claro, desde que não me chame de senhora de novo. – Falou, descontraídamente mas com um olhar preocupado no rosto. Trouxe uma malinha preta e pequena e segui ela até o quarto de Justin.
- Qual é seu nome, minha querida?
- (Seu nome).
- Justin faz amigos rápido, não é.
- E mais que amigos também – falei em português, torcendo para que ela não perguntasse o que a frase significava.
Entramos no quarto de Justin, o qual deixei a porta aberta quando sai apressada.
Quando Pattie viu o volume de sangue que escorria de sua testa,  arregalou os olhos.
- Aaaaah, não, mãe. Calma, isso não é nada. Pode deixar que a (seu nome) vai cuidar direitinho de mim, não vai? – e piscou para mim. Ri, sem graça e fui para  o pequeno balcão que dividia o quarto de uma pequena, mas refinada cozinha e abri o congelador, tirando de lá cubinhos de gelo. Peguei o pano de prato e enrolei o gelo nele. Peguei algumas folhas de papel toalha e guardei o rolo. Quando voltei para a cama onde Justin estava, Pattie já não estava mais lá.
- Aonde foi sua mãe – Perguntei.
- Ela resolveu que estou bem o suficiente para nos deixar a sós.
Sorri  maleficamente e mordi meu lábio inferior. Deixei o gelo na cama e comecei a limpar a testa de Justin, com o papel, com muito cuidado para não machucá-lo. Examinei os cortes e percebi que não haviam pedaços de vidro dentro de seus machucados. Suspirei, aliviada. Coloque pedaços de algodão nos ferimentos e enrolei sua cabeça com uma faixa.
- Esse curativo vai assustar minhas fãs. Elas vão pensar que é mais grave do que realmente é.
Que fofo. Sempre pensando nas fãs.
- Elas vão ver que você está vivo e bem. Isso é o que importa. Amanhã faremos outro, quando parar de sangrar.
- Pois é. Por enquanto temos coisas mais importantes pra fazer.
E me agarrou, beijando-me novamente. Agarrei sua nuca com uma mão e com a outra acariciei seu cabelo.
Bem, o restante dessa noite, apesar da neve do lado de fora foi, bem, bem quente. Não por causa do aquecedor carésimo do quarto, mas sim por conta dos hormônios adolescentes que tomaram a suíte. Roupas atiradas no chão,  e um momento fita cassete: avança. Recua. Avança. Recua. Avança. Recua. Stop. Eject. Não entendeu? Então é porque você é muito novo para ler isso aqui. Volte a twittar inocentemente.



She Don't like the lights - Capítulo 3



Chegamos ao sétimo andar, e sem perceber, quase deixamos o elevador descer novamente, esquecendo de sair do elevador, perdidos em beijos. Apertando o botão de abrir as portas do elevador, conseguimos por pouco manter o elevador no andar e descemos. Abri a porta e chamei minha mãe. Ma quem veio foi minha amiga Stela. Ao ver Justin,  o copo de água que segurava por pouco não caiu de sua mão.
Stela tinha vindo comigo para a viagem por que era minha amiga há anos. E, como eu iria me divertir num show sem minha BFF?
- OMB! – falou, levando uma mão à boca, totalmente surpresa.
- Essa aí é a minha futura cunhada? – Perguntou Justin.
- Cunhada? – Perguntou Stela em português, - vocês estão ficando?
Seu rosto ficou vermelho vivo.
- Como você pode fazer isso comigo?
- Stela, há algumas horas atrás você estava tentando me convencer  de que o Justin não era lá grande coisa. Que você não gostava muito dele.
- Mas eu gosto!
- Como eu iria advinhar?!
Justin assistia nossa briga sem entender uma palavra do que diziamos.
- Cara, qual é o seu problema? Você pirou? Porque você ta tremendo tanto? PARA COM ISSO!
- Você é uma vadia!
E lançou o copo que carregava em minha direção. Mas como sua mira era tão boa quanto sua sanidade mental, o copo não me acertou.  Acertou a testa de Justin.
Me virei, perplexa para olhar Justin.
- Você está louca? – perguntou ele em inglês.
Nem me dei ao trabalho de responder ela ou jogar a jarra de suco que estava na mesa nela. A olhei com ódio e fui em direção a porta. 
Minha mãe, com cara de sono, veio correndo do quarto.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou com a voz rouca de quem acabou de acordar.
- Vou voltar tarde hoje, mãe, se não se importa.
E sai pela porta. Stela tentou segurar a porta, me implorando para que a desculpasse, mas puxei a porta com força e a tranquei.

She Don't like the lights - Capítulo 2




Andávamos, ao som de sua voz harmoniosa e bem afinada. Como eu queria que aquela rua tivesse 6 milhões de quilômetros! Mas não tinha. O caminho para o hotel em que eu estava hospedada me pareceu extremamente pequeno. Quando chegamos no fim do beco e topamos com uma avenida demasiadamente movimentada para o horário, Justin perguntou:
- Então, aonde você estava indo?
- É por ali, estou hospedada num hotel à dois quarteirões - Falei apontando para a esquerda.
- Hotel? Você não mora em Paris?
- Não, sou brasileira.
Ele me olhou de baixo para cima.
- Hum… Faz sentido - falou com um sorrisinho suspeito no rosto.
- Vim aqui para assistir seu show. Que por acaso é no mesmo dia em que meu aniversário de 15 anos.
- Sério? Aonde você vai se sentar? - perguntou, interessado.
- Seção A2, bem em frente ao palco, na primeira fileira.
- Vai estar na SoundCheck?
- Claro. Tenho que fazer a minha “festa” a mais perfeita possível.

- Deve ser por isso que está num hotel 5 estrelas digno de celebridade. Faz parte da sua festinha?
- Como você sabe que o hotel que eu estou é 5 estrelas?
- Porque é o mesmo que o meu. O único hotel que tem no quarteirão que você me indicou.
OMB! OMB, OMB, OMB, OMB! Ele estava no mesmo hotel em que eu? Eu havia pesquisado tanto para saber em que hotel ele ficaria! E nunca consegui nenhuma informação que me fosse útil. Eu estava começando a acreditar na minha sorte.
- Porque você está me olhando assim? - Perguntou quando percebeu que eu olhava para ele com cara de retardada.
- Nada. É que a minha festa de 15 anos esta sendo boa demais pra ser verdade.
Entramos no hotel. O lobby era magnífico com arquitetura no estilo francês. Fomos direto ao elevador. Estiquei minha mão para apertar o botão do sétimo andar, mas Justin me impediu apertando o botão no último anda, onde ficava a suíte presidencial.
- Onde você pensa que vai?
Me prendeu à parede do elevador e me beijou. Meu Deus o que era aquilo? Que beijo era aquele? Tão intenso e verdadeiro que nem parecia que havíamos nos conhecido há apenas alguns minutos. Me soltei dele e apertei o botão do sétimo andar.
- Vou avisar à minha mãe que vou voltar tarde hoje.
- Aproveite e me apresente à ela. Estou louco pra saber se a minha futura sogra é tão perfeita quanto a minha futura namorada.

She Don't like the lights - Capítulo 1







Você esta andando por uma rua escura à noite em Paris. Seu coração já está à mil porque o histórico de violência e uso de drogas naquele pequeno beco era realmente assustador. Crack. Alguém havia pisado em uma folha seca atrás de você.

Acelerou o passo. E se fosse um assaltante? Um sequestrador? Um pedófilo? Um estuprador?

Suas mãos suavam frio e você não sabia se corria ou se continuava naquele ritmo. E se fosse alguém inocente? Com certeza muitas pessoas eram obrigadas a passar por lá àquela hora da noite assim como você.

- Hey! - Chamou uma voz masculina. Ao contrário do que você imaginava, não era nada ameaçadora. Era doce e harmoniosa. E você à conhecia muito bem, pois era exatamente igual à que tocava em sem iPod, que se encontrava escondido por baixo de seu casaco, para que ficasse invisível à qualquer alguém realmente ameaçador que aparecesse.
Parou bruscamente. O contrário fez seu coração, que com um pulo, acelerou de um modo que você não acreditava ser possível. Mãos suando frio e tremendo. Virou tentando esconder a surpresa em seus olhos.

- Você deixou isso aqui cair de sua bolsa, - falou.

- Isso o que? Suas mãos estão vazias.

- Era só para você virar para eu ver melhor seu rosto. Você está mais bonita que o normal hoje, sabia?

OMB! Justin Drew Bieber acabara de te elogiar. Sorriu.

- Como assim mais que o normal? Você não me vê normalmente. - infelizmente, acrescentou mentalmente

- É, mas estou treinando para dizer a você daqui algumas semanas, quando nosso namoro já for oficial.

Você riu de nervoso. Se aproximou dele e o abraçou.
- Nossa, eu estou muito feliz m te encontrar aqui sabia? Eu acompanho sua carreira desde que vi seu vídeo cantando no banheiro.

Entregou um dos fones de ouvido a ele para mostrar que naquele momento ouvia Pray.

Ele colocou no ouvido por alguns segundos e tirou.

- Onde está seu iPod?

Tirou do bolso interno do casaco e Justin o desligou. Ao olhar reparar em seu olhar supreso, disse:

- Você nunca mais precisará de um iPod.

- P-porque?

Justin segurou sua cintura e continuou a andar na mesma direção em que andavam antes.

“I just can’t sleep tonight

Knowing that things ain’t right…”

Ele cantava para você. Encostou sua cabeça em seu ombro e ouviu seu ídolo cantar…